quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Saiu no Itu.com.br

Segunda-feira, 15 de setembro de 2008
Ituana apresenta trabalho em Porto Alegre









Denise expõe o pensamento dos filósofos
franceses Frédéric Gros e Michel Foucault

A internacionalista ituana Denise Lícia Boni de Oliveira apresentou o trabalho "O conflito em transição: da guerra moderna à pós-modernidade", em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. A exposição ocorreu durante o Seminário Nacional de Ciência Política da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), que foi realizado no início do mês, e teve como tema "Democracia em Debate".

Em seu trabalho, Denise expõe o pensamento dos filósofos franceses Frédéric Gros e Michel Foucault, sobre o que é a guerra moderna e a guerra pós-moderna. Utilizando a teoria de ambos, ela analisa conflitos recentes, como a Guerra do Golfo e a invasão aérea do Equador pela Colômbia.

O trabalho da ituana foi elogiado pelos professores que compuseram a mesa que debatia "Estado, Democracia e Globalização". Um deles, o Prof. Dr. José Miguel Quedi Martins, do departamento de Ciência Política da UFRGS, ressaltou que a ituana soube intercalar a análise dos dois pensadores com seus próprios argumentos. "Denise veio com um estudo de teoria e teve por objetivo falsear o pensamento de Gros. Ela fez isso muito bem, com uma hipótese bem constituída e uma análise muito boa", comentou o professor.

Para a internacionalista, a experiência no Rio Grande do Sul será útil nas pesquisas que realiza na área da política internacional. "Trabalho especialmente a questão da integração entre os países. A experiência adquirida junto aos professores e estudantes de todo o Brasil que estavam no Seminário de Porto Alegre será muito rica como instrumento para novas pesquisas", afirma.

Formada em Relações Internacionais pela PUC-SP, Denise Lícia é mestranda em Ciência Política pela Unicamp, onde também faz graduação na área. É ainda especialista em Comércio Exterior pela própria Unicamp e já participou de simpósios de pesquisas, debates simulados de conferências das Nações Unidas e duas edições do Fórum Social Mundial.

Publicado por Camila Bertolazzi

sexta-feira, 7 de novembro de 2008


"E a aqueles que se perguntam se o farol dos EUA ainda ilumina tãofortemente: esta noite demonstramos mais uma vez que a força autêntica denossa nação vem não do poderio de nossas armas nem da magnitude de nossariqueza, mas do poder duradouro de nossos ideais: democracia, liberdade,oportunidade e firme esperança." (fragmento do discurso de vitória de Barack Obama)




Há quatro dias o mundo assistiu ao auge do que se pode chamar de show pirotécnico da democracia norte-americana: as eleições para presidente. Dessa vez ainda mais disputada e mais midiática, não apenas pelas estratégias de campanha dos dois candidatos, mas que incluiu, como protagonista, um representante de uma minoria massacrada durante a História dos Estados Unidos da América.


Simbolizando a mudança, Obama se elege o primeiro presidente negro dos EUA. Mas não é apenas o desafio de liderar um país tão complexo, ou de ser o primeiro negro a governar um povo com um passado que institucionalizava o racismo, ou coordenar um “país-baleia” em sua luta para não submergir à crise econômica criada ali mesmo, dentre suas fronteiras. Os maiores desafios de Obama talvez nem estejam tão próximos da mídia quanto parecem.


Internacionalmente, Obama tem pela frente não só os problemas com a nomenclatura de política externa do governo anterior, como a guerra ao terror, e todas as suas implicações que isolaram os EUA, mas uma guerra não resolvida: o caso do Iraque; no quesito terrorismo, não enfrenta, mas simboliza, uma opinião pública cansada de abusos como Guantánamo. Mas enfrenta, na área internacional, questões delicadas como o Afeganistão, que vai sendo retomado pelas milícias; o Paquistão, país detentor de armas nucleares, que pouco a pouco se desestrutura, em uma região que pode ser considerada como um novo “barril de pólvora” e o Irã, que continua em sua caminhada atômica.


Frente a tantos desafios, não é de se assustar que Obama representou, durante a campanha, e ainda representa, a esperança da mudança, para melhor, de um país que sempre simbolizou o avanço, desde sua independência, mas que, nos últimos oito anos estagnara, pois agia exatamente como os demais estados em sua lista do “Eixo-do-Mal”. Quanto tempo Obama conseguirá levar os EUA pra frente? Como gerenciará seus desafios? Isso só o Futuro dirá, mas a História já mostra que, a partir de 20 de janeiro, teremos uma nova era de política externa, pois, como o novo presidente já afirmou: “começa um novo amanhecer de liderança americana”.

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É sempre um desafio começar uma coisa nova. Um curso, um esporte, um relacionamento, um emprego... e porque não dizer que é desafiante começar um blog novo? Aqui surge "Um olhar sobre o mundo", um espaço em que pretendo colocar algumas breves análises, como um panorama, dos principais acontecimentos internacionais na área da política internacional.
É um blog mais racional, que contrasta um pouco com o meu "Abakxi com Groselha", que contém impressões um pouco mais descontraídas, indignadas e as vezes até incoerentes da realidade.
De qualquer forma, fica aqui as boas vindas e o convite para voltar sempre.